O Comitê do Acaraú participou, nesta terça-feira (11), da 2ª Capacitação do Fórum Cearense de Comitês de Bacias Hidrográficas (FCCBH), realizado em Ubajara, focado na “Gestão dos Recursos Hídricos no Semiárido“.
Participaram a presidenta Patrícia Vasconcelos; a secretária-adjunta, Cristiane de Sousa e os membros António César Silva Lopes da Associação Comunitária dos Moradores Remanescentes Quilombolas de Alto Alegre (ACOMARQ) e Iracelma Julião de Arruda da ADAGRI.
O analista em gestão de recursos hídricos da Cogerh, Ubirajara Patrício, traçou uma linha do tempo sobre a experiência da gestão dos recursos hídricos no Brasil até chegar ao caso do Ceará.
Ele explicou como os impactos ambientais influenciaram no desenvolvimento de instrumentos legais que oferecem princípios e diretrizes que buscam unir as aspirações dos diversos atores sociais relacionadas à regulamentação do uso, controle, proteção e conservação dos recursos hídricos.
Além disso, destacou o papel dos Comitês no trabalho social de base para uma boa governança e para o desenvolvimento participativo por meio da indução da sociedade à uma maior atuação na vida pública.
Por fim, pontuou a importância de todos os segmentos dessas plenárias e das comissões gestoras na aprovação da alocação negociada de água dos açudes, atuando como órgão consultivo e deliberativo do sistema integrado de recursos hídricos estadual.
Visitas técnicas
Ainda na terça-feira (11), os participantes realizaram visitas técnicas à Anway Nutrilite e à Fazenda Santo Expedito, também em Ubajara.
A Nutrilite é membro do CBH da Serra da Ibiapaba e é a maior produtora mundial de acerola orgânica, com rígidos processos de análise de solo e de qualidade de água para se adaptar às mudanças de clima da região.
Já a Fazenda Santo Expedito produz rosas, uma cultura extremamente delicada e que foi moldada para as áreas com condições mais prósperas da Serra Grande. Com metade da produção de rosas vermelhas, a empresa exporta principalmente para São Paulo e também para todo o Nordeste.
Os Comitês foram acompanhados por técnicos das empresas e tiraram dúvidas quanto aos diferentes estudos e adaptações das culturas ao clima e a forma como é administrada a água nas plantações, com um método de consumo responsável que pode ser levado para outras regiões cearenses.