O Comitê da Bacia do Coreaú realizou nesta quinta-feira (8) sua 66ª Reunião Ordinária, na Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), em Sobral, para avaliar as operações de alocação de água dos açudes da região no 2º semestre de 2023 e para aprovar as vazões para o 1º semestre de 2024.

Atualmente, a bacia está com 193,3 milhões de de m³, equivalente a 64,5% de sua capacidade total, com 8 dos 10 reservatórios em situação confortável ou muito confortável.

A Gerência Regional da Cogerh das Bacias do Acaraú e do Coreaú apresentou os resultados positivos obtidos tanto para a operação do Vale do Acaraú quanto nos açudes isolados. Confira abaixo o comparativo entre os volumes simulados e os realizados.

Já em relação à operação emergencial 2024.1, foi esclarecido pelo núcleo de operação da regional que, no 1º semestre, durante a quadra invernosa, os açudes normalmente não liberam água para os rios, pois as chuvas têm potencial para manter o fluxo de forma natural e suficiente a atendimento as demandas.

Contudo, com a possibilidade de ocorrência de veranicos, é preciso garantir o atendimento a demandas prioritárias, como o abastecimento humano. As vazões de operação emergencial são definidas justamente para esses momentos de necessidade.

Na Bacia do Rio Coreaú, somente os Açude Angicos e Gangorra necessitaram de definição para operação Emergencial, devido à captação de municípios à jusante. Como a água da chuva ainda não foi suficiente para manter o nível do rio, a liberação é necessária para garantir as captações de demandas prioritárias, como o abastecimento humano.

Para o Angicos, a vazão é de 370 L/s e, para o Gangorra, de 140 L/s.

Também houve a apresentação de demandas do Grupo de Mulheres do colegiado, que explicaram acerca de um projeto da UVA, em parceria com a Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP), envolvendo mulheres da comunidade da bacia.

O projeto de pesquisa “Gênero, Saneamento e Recursos Hídricos: O protagonismo das mulheres e meninas na luta pela igualdade de direitos e oportunidades“. O objetivo do trabalho é descrever as relações de gênero sob a ótica do acesso à água tratada e saneamento básico nas comunidades Timbaúba, Horizonte, Lagoinha e Canafístula. Também deseja analisar o impacto da precariedade dos serviços de água e saneamento na vida das mulheres.

Além disso, a reunião contou com a participação de Vinicius Oliveira, meteorologista da FUNCEME, que apresentou informações sobre as chuvas do ano de 2023 no estado do Ceará e na Bacia do Coreaú.

O prognóstico climático para fevereiro, março e abril tem probabilidade de 45% para chuvas abaixo do normal, conforme já divulgado pela instituição.

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