Comitê do Coreaú define parâmetros para alocação negociada de água dos açudes da região

Nesta terça-feira (17), o Comitê da Bacia do Coreaú decidiu os parâmetros para operação de liberação de água dos açudes monitorados da região até janeiro de 2026. A discussão ocorreu durante a 71ª Reunião Ordinária do colegiado, em Sobral.

A bacia teve o 4º melhor aporte durante a quadra chuvosa (FEV-MAI) dos últimos 20 anos, com a média de chuvas apresentada pelo meteorologista da Funceme, Agostinho Brito.

O coordenador de operações da regional da Cogerh das regiões do Acaraú e do Coreaú, Guilherme Farias, apresentou a situação hídrica dos 10 reservatórios monitorados. Atualmente, a região está com 95,8% de suas reservas totais, o que garante os usos múltiplos dos recursos.

Açude Tucunduba

O Comitê analisou os dados e aprovou os seguintes parâmetros para as alocações negociadas de água 2025.2:

  • Açude Angicos – mínimo de 370 L/s, máximo de 380 L/s
  • Açude Gangorra – mínimo de 155 L/s, máximo de 160 L/s
  • Açude Itaúna – mínimo de 180 L/s, máximo de 200 L/s
  • Açude Martinópole – mínimo de 25 L/s, máximo de 30 L/s
  • Açude Tucunduba – mínimo de 85 L/s, máximo de 100 L/s
  • Açude Diamantino II – mínimo de 30 L/s, máximo de 35 L/s
  • Açude Diamante – mínimo de 30 L/s, máximo de 35 L/s
  • Várzea da Volta – mínimo de 75 L/s, máximo de 80 L/s
  • Açude Premuoca – vazão média de 20 L/s
  • Açude Trapiá III – vazão média de 15 L/s

Esses valores serão discutidos durante as reuniões com as Comissões Gestoras dos açudes, que irão decidir a vazão média para o período. Os encontros devem ocorrer até o fim de julho com usuários de água das respectivas localidades.

Plano de Secas do Angicos

Também foi apresentado ao colegiado o Plano de Gestão Proativa de Secas do Hidrossistema Angicos, o 1º da região, que busca criar, a curto prazo, instrumentos para diminuir os impactos da seca, considerando demandas e ofertas existentes em cada contexto regional.

Os professores Iris Morais e Tyhago Aragão, da Universidade do Vale do Acaraú, explicaram os detalhes do trabalho, aprovado pela plenária em fevereiro.

O Plano de Secas é um programa desenvolvido e coordenado pelo Programa Cientista Chefe de Recursos Hídricos, via Universidade Federal do Ceará (UFC), em parceria com a Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh), e tem apoio institucional da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap).

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